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Absorventes internos

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on julho 12, 2009 by Psiquê
Klaus Kraiger

Klaus Kraiger

A revista Galileu de julho (nº216) trouxe uma matéria bem interessante sobre os absorventes internos. Chamada o.b. Para a mulher sem amarras, a revista conta a história desse recurso que já existia na Grécia antiga, mas que vem carregado de preconceitos no imaginário feminino.

Os absorventes internos já existiam na Grécia antiga, mas a versão mais moderna, com aplicador completa 80 anos. No Brasil essa novidade surgiu em 1945. O absorvente interno mais conhecido (mas não o único, existem outras marcas como Intimus gel, Tampax, etc), o o.b. foi criado na Alemanha em 1950, sob as iniciais de ohne binden (que quer dizer sem amarras em alemão). Sua criação é creditada a Carl Hahn, médico alemão que se inspirou em um anúncio de jornal. No primeiro ano foram vendidas 10 milhões de unidades.

O o.b. chegou ao Brasil em 1974 e veio cercado de polêmicas, pois havia quem achasse que ao usar poderia perder a virgindade (até hoje há quem pense assim),  isso não é verdade. Sempre consulte seu ginecologista, ele pode orientar quanto à possibilidade de uso e qual a versão é mais adequada para você.

Todos os preconceitos e medos que envolvem o absorvente interno, tão útil e confortável se usado correntamente, podem justificar o pequeno mercado se comparado ao consumo de absorventes externos. Segundo a consultoria AC Nielsen, em 2005, os absorventes externos abocanhavam 78,3% do mercado, seguidos de 19% dos protetores diários de calcinha, contra apenas 2,7% dos absorventes internos.

Em 1980, por conta da Síndrome do Choque Tóxico (SCT) – doença causada por bactéria que tem maior incidência em mulheres que ficam com o tampão por mais de 8 horas – , o Rely (da Proctor & Gamble) foi retirado do mercado, pois o produto era capaz de reter o fluxo sem necessidade de ser trocado.

Entre 1997 e 2003, o produto passou a ser comercializado com aplicador, mas não fez muito sucesso no Brasil, dado que a mulher brasileira compra mais a versão manual. Com isso a versão com aplicador foi descontinuada pela Johnson.

Síndrome do Choque Tóxico (SCT)

O único problema  comprovadamente associado ao uso prolongado de absorventes internos é a síndrome do choque tóxico (SCT), uma doença rara, mas fatal, causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que libera toxinas prejudiciais, principalmente a crianças e mulheres mais jovens que ainda não desenvolveram resistência a ela.

A síndrome foi descoberta nos EUA no início dos anos 80, mas até hoje a medicina não a compreende totalmente.

O que se sabe é que sua incidência é maior (quase metade dos casos) em mulheres que usam absorventes internos, pois eles fornecem um ambiente propício para o desenvolvimento da bactéria, principalmente quando são usados por tempo prolongado. Portanto, é aconselhável que você use os produtos de menor absorção, troque-os a cada oito horas (no Brasil, país tropical, o ideal é trocar de 4 em 4 horas) e, se você estiver fazendo algum tratamento – para um corrimento, por exemplo –, interrompa o uso, porque eles inibem a cura da infecção. (Trecho retirado da revista Consumidor S.A. do IDEC)

Para saber mais leia: na Galileu, na Saúde é Vital

Portais:

o.b.

Tampax

Só entre amigas

Intimus