Talvez não tenhamos consciência de que os direitos garantidos por lei, que temos hoje, são resultados de muita luta. Direitos, este que, ainda hoje não é extensivo a muita gente ao redor do mundo.
Recentemente em visita ao Museu de Artes de São Paulo (MASP), conheci a instalação “Elementos de beleza: Um Jogo de Chá Nunca é Apenas um Jogo de Chá“, da artista Carla Zaccagnini.
“A obra é inspirada no livro homônimo da artista, de 2012, sobre as sufragistas, que defendiam o direito de voto para as mulheres nas eleições políticas, em Londres e Manchester, nos anos 1910. Material de arquivo, fotografias, recortes de jornal e registros criminais fazem parte da obra.
A exposição retrata os ataques que as sufragistas fizeram às obras de arte como forma de protesto, procurando desvendar as razões desse protesto envolvendo a arte como marca de sua posição política.
Nas paredes, há representações de molduras, sem as obras, fazendo menção às obras atacadas, como “Vênus ao espelho” (1647-1651), de Diego Velázquez (1599-1660), que recebeu diversos golpes de cutelo. A pintura foi restaurada e, atualmente, se encontra em exibição na National Gallery, Londres.
“Elementos de beleza: Um jogo de chá nunca é apenas um jogo de chá” já foi apresentada na National Portrait Gallery, de Londres, e em outros museus do Reino Unido, Holanda e Argentina.
Nascida em Buenos Aires, em 1973, Carla Zaccagnini é mestre em poéticas visuais pela USP e participou da 8ª Bienal de Berlim (2014), na Alemanha, da 9ª Bienal de Xangai (2012), na China, e da 28ª Bienal de São Paulo (2008), no Brasil.”
Para completar o mês incrível, fui assistir ao filme As Sufragistas (Sufragette) dirigido por Sarah Gavron e com um elenco maravilhoso. Apenas ao assistir ao trailer me encantei, depois de assistir então…
https://www.youtube.com/watch?v=R8le4sZHRdE
Apesar de contar uma história que se passou há mais de cem anos, sua atualidade e “carga de urgência e necessidade de mudança é completamente atual. Em uma época na qual igualdade de salários, representatividade e respeito figuram entre os principais objetos de luta das mulheres – que, frequentemente, costumam ser taxadas de “exageradas” pelos preconceituosos de plantão -, este longa vem para mostrar que, há pouco tempo (ao menos numa perspectiva histórica), esta mesma luta era voltada ao direito ao voto”.
“(…) As Sufragistas acerta em cheio ao instigar, acima de tudo, o incômodo no telespectador em frente à injustiça contra as mulheres e ao mostrar que, apesar de todas as conquistas, que a luta ainda continua”. Imperdível! Maravilhoso! Obrigatório para todas nós mulheres e homens defensores da igualdade de direitos e de gêneros. Corram para o cinema mais próximo para assistir.
VOTE FOR WOMEN!
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