Arquivo para fevereiro, 2016

As Sufragistas

Posted in Comportamento, Curiosidades with tags , , , , , , , , , , , , , , on fevereiro 13, 2016 by Psiquê

Talvez não tenhamos consciência de que os direitos garantidos por lei, que temos hoje, são resultados de muita luta. Direitos, este que, ainda hoje não é extensivo a muita gente ao redor do mundo.

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Recentemente em visita ao Museu de Artes de São Paulo  (MASP), conheci a instalação “Elementos de beleza: Um Jogo de Chá Nunca é Apenas um Jogo de Chá“, da artista Carla Zaccagnini.

“A obra é inspirada no livro homônimo da artista, de 2012, sobre as sufragistas, que defendiam o direito de voto para as mulheres nas eleições políticas, em Londres e Manchester, nos anos 1910. Material de arquivo, fotografias, recortes de jornal e registros criminais fazem parte da obra.

A exposição retrata os ataques que as sufragistas fizeram às obras de arte como forma de protesto, procurando desvendar as razões desse protesto envolvendo a arte como marca de sua posição política.

Nas paredes, há representações de molduras, sem as obras, fazendo menção às obras atacadas, como “Vênus ao espelho” (1647-1651), de Diego Velázquez (1599-1660), que recebeu diversos golpes de cutelo. A pintura foi restaurada e, atualmente, se encontra em exibição na National Gallery, Londres.

“Elementos de beleza: Um jogo de chá nunca é apenas um jogo de chá” já foi apresentada na National Portrait Gallery, de Londres, e em outros museus do Reino Unido, Holanda e Argentina.

Nascida em Buenos Aires, em 1973, Carla Zaccagnini é mestre em poéticas visuais pela USP e participou da 8ª Bienal de Berlim (2014), na Alemanha, da 9ª Bienal de Xangai (2012), na China, e da 28ª Bienal de São Paulo (2008), no Brasil.”

Para completar o mês incrível, fui assistir ao filme As Sufragistas (Sufragette) dirigido por Sarah Gavron e com um elenco maravilhoso. Apenas ao assistir ao trailer me encantei, depois de assistir então…

https://www.youtube.com/watch?v=R8le4sZHRdE

Apesar de contar uma história que se passou há mais de cem anos, sua atualidade e “carga de urgência e necessidade de mudança é completamente atual. Em uma época na qual igualdade de salários, representatividade e respeito figuram entre os principais objetos de luta das mulheres – que, frequentemente, costumam ser taxadas de “exageradas” pelos preconceituosos de plantão -, este longa vem para mostrar que, há pouco tempo (ao menos numa perspectiva histórica), esta mesma luta era voltada ao direito ao voto”.

“(…) As Sufragistas acerta em cheio ao instigar, acima de tudo, o incômodo no telespectador em frente à injustiça contra as mulheres e ao mostrar que, apesar de todas as conquistas, que a luta ainda continua”. Imperdível! Maravilhoso! Obrigatório para todas nós mulheres e homens defensores da igualdade de direitos e de gêneros. Corram para o cinema mais próximo para assistir.

VOTE FOR WOMEN!

Leia mais aqui: Omelete

Yoga no Casamento

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , on fevereiro 5, 2016 by Psiquê

Nos últimos anos o yoga tem ocupado mais e mais espaço em minha vida. Tem me feito muito bem e muitos dos seus ensinamentos passaram a fazer parte de pequenos momentos do meu cotidiano, para, quem sabe, um dia, ocupar mais espaço ainda.

Li há pouco um texto que me pareceu bem interessante sobre a vivência do yoga no casamento e resolvi compartilhar com vocês. Aos pouquinhos vou falar um pouco mais sobre essa experiência de viver e experimentar o yoga cada vez mais. Claro que cada um precisa saber seu momento para aceitar essa experiência, mas tenho visto a reação positiva em muitas pessoas.

Namastê.

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O texto é do Pedro Kupfer,  yogue e professor.

YOGA NO CASAMENTO.

“O nosso casamento se torna Yoga quando a aceitação, a compreensão e a compaixão se fazem presentes. Juntos, crescemos e amadurecemos emocionalmente dentro da relação. Um casamento harmonioso é como uma pedra de amolar. Para afiar as facas, a pedra não pode ter o grão muito grosso nem demasiado fino. Não conseguimos afiar uma faça na manteiga nem numa pedra muito áspera: precisamos encontrar o caminho do meio. Da mesma maneira, para que duas pessoas possam crescer num relacionamento, é necessário um grau exato e equilibrado de “abrasão”, nem rispidez demais, nem excesso de suavidade. Acredito que podemos encontrar essa firmeza, esse caminho do meio, cultivando mutuamente e aceitação, a compreensão e a compaixão. Precisamos fazer do outro um vencedor o tempo todo. Você tenta fazer do outro um vencedor e o outro faz a mesma coisa. Penso que esse seja o segredo para garantir a harmonia no convívio e o crescimento interior de cada um”.
MANTRA PARA OS AMANTES, RADHA E KRISHNA: https://soundcloud.com/pedrokupfer/sri-radhe-gopala

 

Cultura machista

Posted in Comportamento, Conscientização on fevereiro 3, 2016 by Psiquê

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Neste final de ano duas situações me chamaram a atenção sobre o quão enraizado o machismo está em nosso cotidiano e ambas foram perpetradas por mulheres com suas filhas.

A primeira foi próximo ao Natal, quando uma criança (menina) mostrou seu presente de “Papai Noel”: um jogo de lavar louça junto com um conjunto de louças e panelas para ela lavar. Curiosamente o irmão dessa criança (menino) ganhou um jogo de massinha de modelar e um outro brinquedo que não me lembro se era um carrinho ou uma bola. Aquilo me chocou, primeiro por defender que devemos sempre investir em presentes que estimulem a criatividade e curiosidade das crianças (massinhas, jogos de pintura e desenho, jogos de montar e desmontar, jogos de construção, paletas para colorir e descolorir, cortar e colar, livros, etc…). Ao indagar à mãe quem tinha dado aquele presente, achando que era alguém menos atento a esses detalhes educativos, recebi como resposta: foi o Papai Noel. Os próprios pais tinham comprado presentes tão distintos para o menino e a menina…

A segunda situação ocorreu em um evento em que 4 crianças brincavam: duas de seis anos e duas de dois anos, sendo 3 meninos e 1 meninas. As crianças interagiam muito bem. Todos brincavam com uma barraca de lona em formato de casinha, balões de gás e carrinhos. A brincadeira era brincar de balões e a menina estava muito feliz e enturmada entre os meninos, quando a mãe interrompe a brincadeira induzindo-a a parar de “atrapalhar os meninos” e deixá-los brincando sozinhos para ir brincar com a mamãe de brincadeira de menina (os brinquedos que ela passou a brincar com a mãe eram bonecas que mudavam de roupa). Aquilo me chocou, porque as quatro crianças estavam muito bem juntas e não havia necessidade de intervenção, principalmente, deste tipo: machista e sexista.

Será que nossas mulheres têm consciência que atitudes como estas reforçam padrões extremamente preconceituosos em relação ao que as crianças podem e devem fazer para se divertir? Isso incute nas crianças a ideia de que existem papeis a se cumprir e que não somos livres, nem iguais nas possibilidades de diversão, imaginação e formação. Mães, libertem suas crianças e não as aprisionem em modelos construídos e engessados que só as limitam de serem livres e felizes.