Arquivo para março, 2014

Chegou o momento de mudar!

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 26, 2014 by Psiquê

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Chegou, finalmente o tão esperado momento de mudar.

Apesar de a mudança ser uma constante em minha vida e de normalmente eu ser favorável às transformações, por acreditar que elas nos impulsionem, nos transformem, nos incentivem…

Eu estou ao mesmo tempo muito feliz, esperançosa e ansiosa, mas também com medo e com algumas incertezas, nada que não seja perfeitamente esperado diante de qualquer mudança.

A Marcela Pimenta Pavan, escreveu um texto bem legal sobre o tema Mudar é preciso, o qual defendo, acredito e compartilho com vocês. Desejo e propago excelentes energias para que vivamos sempre dando o melhor de nós mesmos.

Compartilho o texto abaixo:

“As mudanças fazem parte da vida. Ir para uma nova cidade, decidir por uma carreira internacional, mudar de profissão, de estado civil, de emprego, de casa, de vida.

Existem as mudanças desejadas e também as imprevistas. Independente do jeito que for as novas situações nos levam a buscar diferentes formas de adaptação e nos dá a oportunidade de ampliar nossas experiências e amadurecer.

Às vezes a vontade de mudar existe, é legítima, mas o indivíduo se vê paralisado frente às transformações que deseja realizar.

Isso é muito comum ocorrer ao longo do processo terapêutico. À medida que o sujeito começa a se perceber e se conhecer melhor, ganha autonomia e tem vontade de reformular para melhor algumas áreas da vida.

No entanto, deixar um estado conhecido para atingir um novo traz consigo aspectos desafiadores.

Junto com a vontade da mudança surgem também as sensações de medo e insegurança. Será que vale a pena? Será que eu consigo? Essas indagações são naturais e é importante estar atento, para evitar possíveis boicotes e, assim, conseguir realizar as mudanças desejadas.

Vontade, coragem e estratégia

O anseio de mudar é importante, pois serve como motivador e encorajador para realizar as ações necessárias. Para isso, é fundamental ter um bom planejamento. Refletir, ponderar, criar estratégias e prazos é essencial para alcançar aquilo que se quer.

Alguns aspectos nesse processo merecem uma atenção especial. Abaixo estão alguns deles:

  • Toda mudança leva a algum tipo de perda. É preciso colocar isso em perspectiva. Para morar em uma nova cidade, por exemplo, é preciso perder o conforto do ambiente conhecido. As perdas são naturais e positivas em certa medida, fazem parte do movimento da vida e são necessárias para que novas situações possam de fato acontecer.
  • Por mais que haja planejamento e estratégias de ação, por mais que haja vontade, existe um elemento essencial para fazer a passagem da situação antiga para a nova: Coragem! Essa capacidade de enfrentamento dos desafios é essencial para abrir o caminho e chegar onde é preciso. A coragem junto à fé, de que a mudança é o melhor caminho a seguir, é o que sustenta a travessia. Quando abrimos mão da situação segura e estamos construindo uma nova, as dúvidas tendem a surgir intensamente: Será que fiz certo? Será que vou dar conta? Isso acontece porque a situação nova ainda está se formando, não é possível colher frutos ainda, é preciso investir tempo, energia e esperar com coragem e fé.
  • Mudar deve atender o anseio de levar o sujeito para uma realidade mais condizente com aquilo que traz sentido para a sua vida e consequentemente mais satisfação e alegria, mas isso não quer dizer que não haverão dificuldades. Problemas existirão sempre, o que muda é a condição emocional da pessoa. Quando se faz uma escolha em direção a uma nova situação e a mudança é concretizada, a sensação de realização traz contentamento e a pessoa tende a se tornar mais tolerante perante as adversidades e mais capaz de superar os próprios desafios.

A essência

Uma vez li uma frase que me chamou a atenção e cabe bem nesse momento: “É importante não perder de vista as coisas que te encantam, pois ali há um pouco da tua essência.”

Quanto mais nos distanciamos daquilo que nos encanta em função do que é puramente conveniente, mais a vida perde seu sentido. Ás vezes não percebemos esse distanciamento e quando nos damos conta estamos muito longe daquilo que nos traz alegria. Nesse momento a semente de uma transformação é plantada e é importante olhar para ela com coragem e avaliar se é a hora de iniciar uma transição com todos os desafios e satisfações que essa mudança irá trazer.”

Escrito por Marcela Pimenta Pavan todos os direitos reservados.

Foco e persistência

Posted in Comportamento, Estética e Beleza, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 18, 2014 by Psiquê

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Já compartilhei algumas vezes com vocês o quanto o treino funcional diário me faz bem, agindo em mim como uma espécie de terapia. Através do treino, consigo manter bons hábitos de saúde, boa forma e meu humor em equilíbrio…

O treino passou a ser parte da minha vida! O mais importante de um programa de transformação na vida com adoção de hábitos saudáveis é não incluir mudanças que fogem à sua natureza ou que sacrificam o organismo de maneira muito radical. Mais importante do que viver de dieta e mudar completamente os hábitos prejudiciais, adotando costumes e hábitos saudáveis que, aos poucos, tornam-se parte de nós: exercícios físicos regulares, alimentação diversificada, magra e saudável, ingestão de bastante água e pouco álcool e refrigerante, adoção de atividades relaxantes e que nos fazem bem como massagens, terapias, yoga, pilates, pintura, desenho, escultura e tudo o mais que agradar a cada um agregam valor a essa busca pelo bem estar.

Eu quero chegar a uma meta, a um corpo magro e forte, saudável e bonito, mas sem paranoias ou desespero. Para isso, muitas vezes tenho que vencer o cansaço, ter foco e persistência para mesmo querendo dormir, ir para o treino, evitar comidas gordurosas, excesso de doces, etc.

É sempre bom procurar uma atividade que te faça feliz, sem grandes sacrifícios ou, cujos benefícios de praticá-la, compensem os “sacrifícios” que as vezes exigem de nós. Cada meta conquistada, cada grama perdido, cada centímetro reduzido aumenta a disposição e nos ajuda a continuar em busca de uma vida mais saudável e feliz. Procure respeitar seu limite e aquilo que te faz bem, sem se impressionar com o que outras pessoas fazem. O estímulo é bom para se espelhar, mas sempre dentro dos nossos próprios limites!

Qual atividade que você mais curte? Tem dicas de hábitos saudáveis? Querem compartilhar?

Sinta-se à vontade em compartilhar conosco.

As horas

Posted in Comportamento, Cultura e Arte with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 15, 2014 by Psiquê

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Hoje assisti ao filme As horas, e consegui entender as inúmeras excelentes recomendações que recebi da obra. O filme é excepcional, envolvente, emocionante e mexe com algo com o que nem sempre sabemos lidar: as emoções, os relacionamentos e a morte.

O filme fala da depressão e da maneira como se convive e se trata da mesma em diferentes cortes temporais: anos 20, anos 40 e século XXI. Um boa análise sobre a obra pode ser encontrada no site Omelete, leia As horas: o impacto da cultura na depressão.

“As três mulheres de As horas mostram o histórico de um modelo que, cada vez mais, é respeitado, embora antigo, repetido e, durante grande parte das últimas décadas, desprezado. É uma proposta de entendimento do sofrimento psíquico, uma invenção da medicina para concebê-lo, entendê-lo e tratá-lo. Parece simples, não?”

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“Cabe ainda uma última observação: é através do homem deprimido que estas mulheres falam. O masculino é o que age de maneira inexorável, frágil e vulnerável em seu insuportável sofrimento e visão de mundo. Com ele, saltam pela janela toda a esperança masculina de redenção e, no ato histérico de desaparecer, no dia de sua homenagem, fere a única mulher que ainda o ama e é sua amiga.”

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As Horas, baseia-se no livro de Michael Cunningham, que, por sua vez, se inspirou no romance “Mrs. Dalloway” de Virginia Woolf. O enredo trata da história de três mulheres que carregam em suas vidas muitos sentimentos em comum, como a insatisfação e o fracasso.

São retratos de vidas em épocas diferentes, que se entrelaçam através de um livro, “Mrs. Dalloway”. É um filme de alma feminina, onde, nos artifícios da trama, outras mulheres se reconhecem no drama existencial de cada uma das personagens, humanizando assim o lado da ficção. Uma mulher que gostaria de ser uma personagem de um romance, uma que o escreve (a própria Virgínia Woolf), outra que o vive.

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Acompanhamos, dessa forma, um dia na vida dessas três mulheres. São três histórias em espaços temporais distintos, mas intercaladas na narrativa. Virginia Woolf é a escritora do livro, que afastada da vida agitada de Londres por seu marido, a conselho médico, percebe-se a cada dia, mais infeliz e amargurada. A mesma, é retratada na altura em que escreve o livro em questão, onde seus conflitos internos são repassados para a obra, inclusive o suicídio. A segunda mulher é Laura, dona de casa, esposa e mãe. Laura encontra-se desesperada dentro de um casamento onde os sentimentos são artificiais, pois embora viva num ambiente de tranquilidade e aparente felicidade, se sente vazia e cogita a morte para escapar da realidade da sua vida medíocre; ela está a ler o livro de Virgínia Woolf, o qual reforça sua ideia de evasão e suicídio. A terceira é Clarissa, uma bem sucedida editora, mulher cosmopolita do século XXI, vive um relacionamento lésbico de longa data e se identifica paradoxalmente com Mrs. Dalloway. Tudo o que Clarissa deseja no momento é que sua festa em comemoração a atribuição de um importante prêmio à obra poética de Richard, seu melhor amigo e ex-amante dê certo. Richard encontra-se debilitado pela AIDS e vive fechado em um apartamento frio e sujo. No meio dos preparativos, Clarissa pressente o vazio daquela arrumação fútil e o peso das horas.

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Uma das cenas iniciais do filme mostra as três mulheres se levantando ao amanhecer, concomitantemente, quando Virgínia escreve, Laura lê e Clarissa fala a mesma frase: “acho que eu mesma vou comprar as flores”, e uma outra cena onde vemos o suicídio de Virgínia, retratado de forma simbólica, mas muito forte. Com isso, percebemos que “cria-se logo no início da narrativa de Wollf, um paralelismo entre Celebração e desencanto, festa e morte” (AZEREDO, 2004).

O desespero das três mulheres vai crescendo com o passar das horas, horas sempre iguais, horas sem nenhuma esperança de mudança, sem nenhuma ansiedade, só a ansiedade provocada pelo nada. Solidão, infelicidade, doença, identidade e realização sexual (nas três tramas as personagens beijam outra mulher na boca), e principalmente a morte.

As lutas e sofrimentos vivenciados pelas três mulheres são universais. As horas… os momentos… as decisões que tomamos. Talvez nos encontremos nas situações extremas de cada uma das personagens; cada uma delas lutando para dar um sentido à suas existências e ser simplesmente feliz. Três mulheres presas no tempo e no espaço, nos seus próprios espaços, nas suas vidas. Ao ser levantado o tema da morte, das escolhas, da sexualidade, das decisões, vemos que as personagens descobrem que nem sempre a vida é aquela que esperamos, nem sempre as horas são diferentes. O que são essas horas até perceberem que as perderam para sempre?

A emoção limite, que nos leva a tomar decisões e fazer escolhas que modificam a nossa vida para sempre. Vale a pena assistir!

Quando menos se espera…

Posted in Comportamento, Curiosidades with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 14, 2014 by Psiquê

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Muitas vezes somos tão ansiosos em esperar resultados, que as coisas mudem, que as respostas cheguem, mas não nos damos conta que os resultados não vêm apenas quando queremos, mas quando estamos preparados…

Derramamos lágrimas, roemos unhas, brigamos, desistimos e de repente, algo inesperado acontece, uma resposta surge e as coisas parecem se encaixar tão perfeitamente que nos parece impossível não ter algo ou alguém no controle.

Muitas vezes queremos algo, mas ainda não estamos preparados para recebê-lo e se nos fosse dado antes da hora, provavelmente teríamos dificuldade de administrar com o nosso melhor aquela oportunidade.

Precisamos sempre correr atrás dos nossos objetivos e sonhos, sabendo viver as experiências, aprendendo com elas quando forem boas ou ruins, pois com certeza o resultado será sempre para melhor. Mesmo sofrendo, ficamos mais fortes para enfrentar situações posteriores similares.

Quantas vezes queremos muito algo e não conseguimos e logo em seguida, quase sem percebermos, uma outra porta se abre, talvez até melhor do que aquela. As oportunidades podem até levar um tempo, mas cabe a nós sabermos sempre aprender com aquilo que vivemos. Essa é a grande sabedoria. Difícil, talvez, mas sábio.

“Eu aprendi que tudo nessa vida tem um propósito. As vezes até pensamos que o mundo está desabando em nossa cabeça ou que Deus está contra nós, por isso que já vi tanta gente perdendo a fé. Mas acredite, vai passar, sempre passa… Eu sei, as vezes demora, para mim também já foi assim, mas isso não significa que o mundo está contra você. Ou você tem coisas a mais para aprender ou tem coisa muito melhor reservada pra ti. Ou uma ou outra. Pode crer, no final das contas você vai sair ganhando!” Adriana Mayer

Bom final de semana a todos!

Reeducação…

Posted in Estética e Beleza, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 13, 2014 by Psiquê

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Você já deve ter ouvido a seguinte provocação: há pessoas que vivem de dieta e nunca emagrecem…

Isso me soa um pouco recalque à primeira vista, mas muitas vezes tem coerência. Talvez  porque o segredo esteja em se reeducar, no contexto geral. Não adianta se privar de alimentos que podem ser consumidos de maneira moderada e controlada, mas que não precisam ser banidos.

Associar uma alimentação balanceada e equilibrada (tendo consciência e controle sobre tudo o que consome), com exercícios físicos, ingestão de bastante água e líquidos saudáveis, pode provocar uma verdadeira transformação em nossa vida. Encontrar o seu próprio caminho é o verdadeiro segredo para ter persistência e continuidade no alcance dos objetivos.

Proibições, culpas e sacrifícios não levam a nada. É preciso construir, aos poucos, uma mudança de hábitos e necessidades. Nosso corpo se adapta a tudo, basta termos como foco o objetivo final.

Não vou dizer que é fácil, pois cada um sabe sua limitação, mas é possível e requer comprometimento com o objetivo traçado. Aos poucos o organismo já não aceita bem certos alimentos pesados, gordurosos e danosos e o corpo passa a sentir falta de exercícios.

Experimente…

Procure se conhecer e descobrir o que te satisfaz neste quesito…

Se tiver alguma dica que queira compartilhar conosco, entre e fique à vontade!

Filmes feministas

Posted in Cultura e Arte, Curiosidades with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 12, 2014 by Psiquê

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Não é novidade que sou cinéfila, apaixonada por cinema e filmes, meu programa predileto é sentar numa sala de cinema e degustar, desfrutar, apreciar a sétima arte. Tenho enriquecido minha gama de filmes com a novidade que tomou conta da minha vida, chamada Netflix e me permite ver diversos filmes disponíveis em sua grade na hora que eu puder, do meu computador, tablet, TV ou celular. Mas meu objetivo aqui é compartilhar com vocês umas dicas de filmes femininos e/ou feministas bem legais.

Encontrei no site Filmow, uma lista de filmes feministas que parecem bem interessantes. Alguns deles eu já assisti. O último que vi foi Frida, que assisti pelo Netflix na semana passada e amei, mas há outros títulos bem interessantes…

A autora da lista Karen Käercher elaborou a lista, tendo como objetivo, “listar os melhores filmes, em minha perspectiva analística, que trazem de alguma forma o debate do feminismo, seja em questões emblemáticas como a sexualidade reprimida da mulher, seja violência doméstica ou demais discussões acerca de gênero.”

Vejam abaixo, alguns dos títulos elencados:

A Excêntrica Família de Antonia (Antonia's Line)

A Excêntrica Família de Antonia

A Fonte das Mulheres (La Source des Femmes)

A Fonte das Mulheres

Tomates Verdes Fritos (Fried Green Tomatoes)

Tomates Verdes Fritos

Thelma & Louise (Thelma & Louise)

Thelma & Louise

Persépolis (Persepolis)

Persépolis

Cairo 678 (Cairo 678)

Cairo 678

 Flor do Deserto (Desert Flower )

Flor do Deserto

A Separação (Jodaeiye Nader az Simin)

A Separação

E Buda Desabou de Vergonha (Buda as sharm foru rikht)

E Buda Desabou de Vergonha

Sexo por Compaixão (Sexo por Compasión)

Sexo por Compaixão

Frida (Frida)

Frida

As Horas  (The Hours)

As Horas

A Vida Secreta das Abelhas (The Secret Life of Bees)

A Vida Secreta das Abelhas

Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine)

Pequena Miss Sunshine

Mulan (Mulan)

Mulan

Pocahontas - O Encontro de Dois Mundos (Pocahontas)

Pocahontas – O Encontro de Dois Mundos

Valente (Brave)

Valente

Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen)

Frozen – Uma Aventura Congelante

Juno (Juno)

Juno

Depois de Lúcia (Después de Lucía)

Depois de Lúcia

Preciosa - Uma História de Esperança (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire)

Preciosa – Uma História de Esperança

A Cor Púrpura (The Color Purple)

A Cor Púrpura

 Bagdad Café (Out of Rosenheim)

Bagdad Café

Histórias Cruzadas (The Help)

Histórias Cruzadas

O Sorriso de Mona Lisa (Mona Lisa Smile)

O Sorriso de Mona Lisa

Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento (Erin Brockovich)

Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento

 Histeria (Hysteria)

Histeria

As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides)

As Virgens Suicidas

Diário Proibido (Diario de una ninfómana)

Diário Proibido

Albert Nobbs (Albert Nobbs)

Albert Nobbs

 Lanternas Vermelhas (Da Hong Deng Long Gao Gao Gua)

Lanternas Vermelhas

As Pequenas Margaridas (Sedmikrasky)

As Pequenas Margaridas

Temple Grandin (Temple Grandin)

Temple Grandin

Alexandria (Agora)

Alexandria

O Dia em Que Me Tornei Mulher (Roozi Ke Zan Shodam)

O Dia em Que Me Tornei Mulher

Terra Fria (North Country)

Terra Fria

Cidade do Silêncio (Bordertown)

Cidade do Silêncio

 O Cheiro do Papaia Verde (Mùi Đu Đủ Xanh)

O Cheiro do Papaia Verde

Liberdade (Libertarias)

Liberdade

 Rosa Luxemburgo (Rosa Luxemburg)

Rosa Luxemburgo

Simone de Beauvoir (Simone de Beauvoir)

Simone de Beauvoir

 Eternamente Pagu (Eternamente Pagu)

Eternamente Pagu

Vida Maria (Vida Maria)

Vida Maria

Uma História Severina (Uma História Severina)

Uma História Severina

Estamira (Estamira)

Estamira

 Nem Gravata, Nem Honra (Nem Gravata, Nem Honra)

Nem Gravata, Nem Honra

 O corpo das mulheres (Il corpo delle donne)

O corpo das mulheres

 Mulheres na Mídia (Miss Representation)

Mulheres na Mídia

O Aborto dos Outros (O Aborto dos Outros)

O Aborto dos Outros

 Meu Corpo, Meu Pêlo (My Body, My Hair)

Meu Corpo, Meu Pêlo

 Clitóris, prazer proibido (Le Clitoris, Ce Cher Inconnu)

Clitóris, prazer proibido

 Os Monólogos da Vagina (The Vagina Monologues)

Os Monólogos da Vagina

!Mulheres Arte Revolução (!Women Art Revolution)

!Mulheres Arte Revolução

 Lado a Lado (Lado a Lado)

Lado a Lado

 Anjos Rebeldes (Iron Jawed Angels)

Anjos Rebeldes

Uma Mulher Contra Hitler (Sophie Scholl - Die Letzten Tage)

Uma Mulher Contra Hitler

O Segredo de Vera Drake (Vera Drake)

O Segredo de Vera Drake

O Preço de Uma Escolha (If These Walls Could Talk)

O Preço de Uma Escolha

Somente Elas (Boys on the Side)

Somente Elas

Acusados (The Accused)

Acusados

Além da Liberdade (The Lady)

Além da Liberdade

Therese D. (Thérèse Desqueyroux)

Therese D.

Norma Rae (Norma Rae)

Norma Rae

Caso se interesses por estas dicas, assistam e opinem. Um beijo carinhoso.

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha

Posted in Poesia Erótica with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on março 10, 2014 by Psiquê

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Se tu viesses ver-me hoje à tardinha

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus barcos…

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca… o eco dos teus passos…
O teu riso de fonte… os teus abraços…
Os teus beijos… a tua mão na minha…

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca…
Quando os olhos se me cerram de desejo…
E os meus braços se estendem para ti…

Autoria de Florbela Espanca

8 de março: conquistas na luta e no luto…

Posted in Comportamento, Curiosidades, Desrespeito with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 8, 2014 by Psiquê

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Todas as vezes que sou parabenizada pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, sinto um misto de gratidão com lamento. Fico pensando se temos consciência do real significado deste dia e das injustiças que ocorreram no passado e ainda ocorrem no presente que justificam a necessidade de se marcar a necessidade de defesa dos direitos das mulheres…

O texto a seguir foi retirado do portal da revista História Viva e nos chama atenção para alguns pontos bastante importantes.

Conquistas na luta e no luto

Ao contrário do que ressalta o imaginário feminista, o 8 de março não surgiu a partir de um incêndio nos Estados Unidos, mas foi fruto do acúmulo de mobilizações no começo do século passado

por Maíra Kubík Mano

Se as operárias russas do início do século XX recebessem bombons e flores em comemoração ao Dia da Mulher, talvez se sentissem ofendidas. Afinal, quando os protestos do dia 8 de março foram deflagrados, o que elas queriam mesmo eram melhores condições de trabalho. Não agüentavam mais as jornadas de 14 horas e os salários até três vezes menores que os dos homens.

Na época, as fábricas dos países desenvolvidos, que fazia pouco mais de um século haviam passado pela Revolução Industrial, estavam atulhadas de homens, mulheres e crianças. O movimento operário reagia à exploração desenfreada organizando protestos, muitos com cunho socialista. Entre as reivindicações, o fim do emprego infantil e remuneração adequada. A igualdade de gênero, porém, nunca era pautada. Por mais que as trabalhadoras argumentassem, sua renda era vista como complementar à do marido ou pai, e um pedido de salários iguais parecia afetar as “exigências gerais”. É nesse contexto de eclosão popular, sindical e feminista que surge o Dia Internacional da Mulher.

Os Estados Unidos foram, sem dúvida, um dos palcos dessa luta. Desde meados do século XIX, os operários organizavam greves para pressionar os proprietários das indústrias, principalmente as têxteis. Em terras americanas foi registrado o primeiro Dia da Mulher, em 3 de maio de 1908. Segundo o jornal The Socialist Woman, “1.500 mulheres aderiram às reivindicações por igualdade econômica e política no dia consagrado à causa das trabalhadoras”. No ano seguinte, a data foi oficializada pelo partido socialista e comemorada em 28 de fevereiro. Em Nova York, reuniu cerca de 3 mil pessoas em pleno centro da cidade, na ilha de Manhattan.

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O incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25 de março de 1911, popularmente tido como o marco que deu origem ao Dia da Mulher (Biblioteca do Congresso, Washington)

A celebração foi mais um dos elementos no caldo político que irrompeu na greve geral dos trabalhadores do vestuário, em sua maioria mulheres jovens, em novembro de 1909. A paralisação durou 13 semanas e provocou o fechamento de mais de 500 fábricas de pequeno e médio portes. As condições de trabalho, no entanto, não melhoraram muito. Os proprietários das indústrias continuavam forçando o cumprimento de jornadas massacrantes. Para evitar que seus empregados saíssem mais cedo, boa parte deles trancava as portas durante o expediente e cobria os relógios de parede.

Em 1911, ocorreu um episódio marcante, que ficou conhecido no imaginário feminista como a consagração do Dia da Mulher: em 25 de março, um incêndio teve início na Triangle Shirtwaist Company, em Nova York. Localizada nos três últimos andares de um prédio, a fábrica tinha chão e divisórias de madeira e muitos retalhos espalhados, formando um ambiente propício para que as chamas se espalhassem. A maioria dos cerca de 600 trabalhadores conseguiu escapar, descendo pelas escadas ou pelo elevador. Outros 146, porém, morreram. Entre eles, 125 mulheres, que foram queimadas vivas ou se jogaram das janelas. Mais de 100 mil pessoas participaram do funeral coletivo.

Até hoje, muitas organizações e movimentos afirmam que essa tragédia aconteceu em 1857 e por isso reivindicam o mês de março como a data para comemorar a luta pelos direitos das mulheres. Como não há provas nem registros de que um evento similar tenha ocorrido, essa versão não é considerada verdadeira. Para os estudiosos, esse foi apenas mais um acontecimento que fortaleceu a organização feminina.

De fato, o Dia Internacional da Mulher já havia sido proposto em 1910, um ano antes do incêndio, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, Dinamarca. Clara Zetkin, militante e intelectual alemã, apresentou uma resolução para que se criasse uma “jornada especial, uma comemoração anual de mulheres”. A inspiração nas trabalhadoras do outro lado do Atlântico é explícita: para Clara, elas deveriam “seguir o exemplo das companheiras americanas”.

ORIGEM REVOLUCIONÁRIA Sem data definida, mobilizações anuais pelos direitos das mulheres prosseguiram em meses distintos, em diversos países. Em 8 de março de 1917, uma ação política das operárias russas contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que desencadearam na revolução de fevereiro. O líder Leon Trotsky registrou assim esse evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.

A situação econômica e política da Rússia era então insustentável. Mais de 90 mil pessoas marcharam, exigindo pão e paz. Os protestos e as greves subseqüentes culminaram na queda da monarquia. Alexandra Kollontai, uma das principais dirigentes feministas da revolução de outubro, afirmou que “o dia das operárias em 8 de março de 1917 foi uma data memorável na história”.

Em 1921, de acordo com a pesquisadora canadense Renée Coté, referência no estudo da história das mulheres, o 8 de março foi estabelecido como data oficial. Pesquisando arquivos da Conferência Internacional das Mulheres Comunistas, ela encontrou um documento que registrava que “uma camarada búlgara propôs o Dia Internacional da Mulher, lembrando a iniciativa das mulheres russas”.

Com as duas guerras mundiais que se seguiram, o Dia da Mulher ficou em segundo plano. Foi apenas na década de 60 que o movimento feminista retomou com força as comemorações, em meio a leituras de O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, e à fogueira de sutiãs nos Estados Unidos. 

A LUTA NOS TRÓPICOS – No Brasil, nesse mesmo período, a direita e a esquerda tensionavam o cenário político. Manifestações como a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, com propostas absolutamente opostas às das feministas, que pregavam a legalização do aborto, precipitaram o golpe militar de 1964 e dificultaram a ascensão das organizações de mulheres. Movimentos contra a carestia, pela anistia e clubes de mães, cuja pauta central não era a libertação da mulher, ganharam as ruas.

Mesmo assim, havia uma história de luta reivindicada pelas brasileiras, similar à européia e à americana. No início do século XX, as mulheres e crianças constituíam quase 75% dos operários têxteis. Além de péssimas condições de higiene e longas jornadas de trabalho, elas sofriam com o assédio constante de seus patrões e também tentavam se organizar. Em 1906, o jornal anarquista A Terra Livre divulgou um texto de três costureiras que criticavam a não-adesão da categoria à greve operária: “Companheiras! É necessário que nos recusemos a trabalhar também de noite porque isso é vergonhoso e desumano. Como se pode ler um livro quando se vai para o trabalho às 7 da manhã e se volta para casa às 11 da noite?”, dizia. Essas passagens, ligadas principalmente às anarquistas, ainda são pouco conhecidas em nossa trajetória. A vertente que ganhou mais notoriedade no feminismo brasileiro foi a das sufragistas, que lutaram pelo direito a voto. Fundadoras do Partido Republicano Feminino, essas mulheres da elite nacional conseguiram sua reivindicação na Constituição de 1932, promulgada por Getúlio Vargas.

Resultado de todo esse processo, em 1975 comemorou-se o Ano Internacional da Mulher e, em 1977, a ONU (Organização das Nações Unidas) reconheceu o 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Fruto de décadas de batalhas e séculos de opressão, a data que lembra a necessária igualdade entre homens e mulheres foi mundialmente – e finalmente – assegurada.