Arquivo para novembro, 2014

Individualidade e coerência

Posted in Comportamento, Estética e Beleza, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 29, 2014 by Psiquê

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Eu malho para comer…

Foi com essa frase que Thalita Rebouças me motivou a escrever este post. O depoimento foi dado no programa Superbonita do GNT desta semana (no do episódio 23/2014), em que se tratou do tema: envelhecendo bem. Eu gostei muito das ideias de Thalita Rebouças e de Luiza Brunet (cuja postura já destaquei aqui em outro post) sobre como envelhecer bem. Saber envelhecer é uma arte e cuidar de sua autoestima, respeitando seus limites, seu corpo e seu biotipo é fundamental para estar bem e fazer o que mais tem a ver com você.

Thalita disse que está superfeliz com a proximidade dos 40 anos e que ao virar balzaca (fazer 30 anos) ela se sentiu superfeliz, mas hoje se sente ainda mais feliz com 39 anos e acha que esta década entre os 30 e 40 anos foi a mais feliz de sua vida…ela se diz mais madura, mas segura, mais realizada. Ela confessa que não liga muito para doce, mas adora uma empada, por isso malha para poder comer…

Por que não buscamos o que nos faz bem, procurando ter mais saúde, cuidar do bem-estar, sem exceder os limites e sendo feliz? Para que viver aprisionada em busca de padrões corporais determinados pela sociedade, malhando feito louca, se privando de alimentos, para tentar alcançar um biotipo que não é o seu? Olha que eu não me prendo a desejos gastronômicos tão específicos como o da Thalita, mas o equilíbrio é fundamental em tudo…

Já Luiza Brunet, além de lindíssima e supercoerente em relação às mudanças que a idade nos exige para que saibamos nos vestir e nos cuidar com sabedoria e sem modismos, dá dicas fundamentais para estar sempre bela. Para que um look exagerado em relação à procedimentos que exageram e estragam a sua fisionomia? Para que usar uma roupa que não condiz com seu biotipo e sua idade. Usar mini-saia, por exemplo, na concepção dela é para mulheres com pernas bonitas, magras e altas…com o passar do tempo, uma saia lápis, mais compridinha com uma blusa fica mais elegante e adequado para o seu biotipo aos 52 anos e por que não se adequar a isso e ficar ainda mais bela?

Todas essas ideias, mereceram o meu destaque aqui, pois vivemos sendo pressionadas em relação à adequação a biotipos que, muitas vezes, não são os nossos…

Na minha opinião, e isso já disse outras vezes, quando respeitamos o nosso próprio biotipo, escolhendo a roupa mais adequada a ele, as cores que mais combinam com o nosso tom de pele, o tipo de vestimenta que valoriza o nosso corpo, a atividade física, os cuidados com saúde e os tipos de alimentação que se nos fazem bem, tudo se torna muito mais prazeroso e simples.

Procure viver bem, adotando atividades físicas que te satisfazem, alimentando-se com consciência de que bons alimentos nos fazem funcionar mais harmonicamente e procurando se afastar de situações angustiantes, estressantes e desequilibrantes.

Namastê!

Compartilhar

Posted in Comportamento, Conscientização, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 27, 2014 by Psiquê

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Quando escolho uma prática que me faz bem, sinto um ímpeto por compartilhar com aqueles que gosto. Muitas vezes eu só o faço se houver algum estímulo ou interesse daqueles que me cercam, no intuito de não parecer inconveniente ou pedante…

Estava pensando em um tema para uma apresentação que preciso fazer para um curso e fui orientada a escolher um tema que goste bastante. Pensei em escrever sobre o yoga, mas como no meu dia a dia, em uma conversa ou outra acabo compartilhando os benefícios que esta prática trouxe para minha vida, fiquei com receio de ser repetitiva ou invasiva…

Compartilhar ideias, práticas e interesses que nos fazem bem, pode trazer ajudar a quem ouve, mas pode também parecer inapropriado se a pessoa não quer ou não acredita naquela prática. Por isso, que dentro de certos limites, podemos e devemos compartilhar sempre, respeitando o interesse do outro em ouvir – ou seja, sem imposições – e também o seu próprio tempo. Pode ser que plantemos a semente e o outro, naquele momento, não acredite ou não queira adotar aquela prática.

Mas o simples compartilhar já pode representar uma sementinha…

Eu quero compartilhar minha gratidão, por conseguir hoje, fazer escolhas mais saudáveis, mais tranquilas, mais energizantes. Eu quero agradecer pela oportunidade de me alimentar bem, de respeitar meu corpo, meus limites, meus gostos. Quero fugir de discursos que me aprisionem na ideia de que tenho que seguir padrões de comportamento e de beleza que não condizem com o meu bem-estar. Quero, ainda, refutar qualquer possibilidade de adotar hábitos que me firam e que possam ir contra aquilo que acredito ser o melhor para mim. Quero manter a fé na vida e a gratidão por tudo o que tenho e vivo, desejar sempre mais da vida, saber que meu corpo é meu templo e que tenho que amá-lo e respeitar meus limites, alimentar-me saudavelmente, ingerindo alimentos que me fazem bem, exercitar-me todos os dias – ou sempre que possível -, praticar yoga pelo menos 3 vezes por semana, beber muita água, hidratar o meu corpo, meditar, dormir bem, sorrir, amar…

Estas são algumas das minhas resoluções para este ano que finda e para os próximos…

Compartilho aqui com vocês a gratidão por estas práticas e descobertas.

2014 foi um excelente ano de mudanças.

Namastê!

Olhos felinos

Posted in Cultura e Arte, esoterismo, Estética e Beleza with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 26, 2014 by Psiquê

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Hoje estava navegando por algumas páginas sobre o feminino e me deparei com um texto bem legal. Na hora comentei com uma amiga uma ideia que volta e meia me vem à cabeça: se eu fosse espírita/espiritualista e acreditasse em reencarnação, diria que se tivesse vivido na época da Inquisição, teria sido condenada à fogueira, pois poderia ter sido considerada uma bruxa. Digo isso porque me encanta tanto o feminino, a arte, o corpo, a força da natureza, os astros, as estrelas, a possibilidade de cuidar disso tudo e defender o direito de todas nós mulheres termos o direito de cuidar de nós mesmas com o encantamento e a sensualidade do feminino…

E o texto de Rose Kareemi Ponce, que compartilho abaixo, me inspirou…

Então, ele se deu conta que ela era uma bruxa.
Não uma bruxa dessas de contos de fadas, com verrugas e mãos tortas. Uma bruxa com intensos olhos felinos, que o faziam ficar sempre atento, como se ela à espreita, fosse dar o bote a qualquer instante, tomando seu coração em suas garras e se alimentando de sua alma.
Uma bruxa que caminhava suavemente, sem deixar marcas pelo chão, porém deixando pegadas em seu coração.
Ele percebeu a sutileza de seu toque, a suavidade de suas palavras e se viu preso sem amarras aquela mulher, que livre, também o libertava. Que doce, o acalentava.
E ali estava perdido entre o irreal que se mostrava nítido sob a luz de seu olhar, e o real que se desfazia e escorria pelas mãos, como areia, como água que flui. Como ela, que passeava livre por seus lençóis e desaparecia nas manhãs.
Feito lua, iluminava suas noites.
Feito estrela, brilhava em suas mãos.
Feito o vento, voava e saía pelas janelas antes mesmo que pudesse prendê-la!
Feito ar, alimentava seus pulmões de vida!
Feito fogo, queimava sua pele e sua alma.
Feito menina, encantava.
Feito mulher, seduzia.
Sendo dele, era livre.
Sendo livre, nunca fora tão intensamente de alguém!

Tolerância e compreensão

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 23, 2014 by Psiquê

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Às vezes nos deparamos com situações no dia a dia, com pessoas que gostamos e ao julgar pelas nossas próprias vontades condenamos as atitudes das pessoas sem ao menos nos colocarmos em seu lugar. Hoje me deparei com uma pessoa que fez um relato extremamente magoado em relação às atitudes de alguns amigos, sem pensar que estes mesmos amigos poderiam estar precisando de ajuda, compreensão e entendimento…

Muitas vezes nós mesmos julgamos as pessoas com frieza, achando que elas agem de determinada maneira pura e simplesmente para nos magoar, quando vários podem ser os motivos que os levaram a determinada atitude. Às vezes estes amigos estão sentindo falta de um carinho, um ombro, um ouvido e da nossa compreensão. Podemos estar cegos diante de nossos próprios problemas e passar por cima das escolhas e necessidades dos outros.

Antes de julgarmos, precisamos nos abrir para uma dose, mesmo que mínima de empatia, de cuidado para se colocar na posição do outro e tentar compreender…

A vida se torna muito mais leve, quando olhamos o outro com um olhar mais amigo, mais compreensivo e menos armados. O mundo já está muito violento e intolerante, não podemos compactuar com isso, agindo com impaciência com aqueles que nos cercam.

Vamos praticar a tolerância e a compreensão?

Namastê. Tenham uma ótima semana!

Desafio Cócoras

Posted in Comportamento, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 17, 2014 by Psiquê
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A red skirt – Pablo Picasso, 1901

Interessante, quando eu era pequena ouvia as pessoas comentando: como essa menina gosta de ficar agachada (de cócoras). Para mim, esta é uma posição confortável e de descanso para a coluna e para as pernas. Não é à toa que me apresentaram o Desafio Cócoras, lançado pelo fisioterapeuta Pablo Santurbano e eu adorei!!!!

A jornalista Carol Pires, da revista Piauí, publicou uma matéria bem legal sobre os benefícios de ficar na posição e sobre o desafio lançado em janeiro pelo fisioterapeuta. A matéria intitulada Acocorai-vos uns aos outros – Uma terapia paleolítica. O desafio é ficar 5 minutos por dia na posição que é ótima para a coluna. Quem sobre de dores na lombar, trabalha muito tempo sentado e busca o bem-estar, recomendo que aceite o desafio. Parece que é bom para o funcionamento do intestino e para evitar prisão de ventre, dentre outros benefícios à saúde.

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Comum entre pessoas – como eu – que devem têm um pezinho nos nossos ancestrais indígenas… Orientais e algumas tribos africanas, ainda mantém esta boa prática para a saúde do corpo. Quem sabe nós ocidentais, que mudamos tantos nossos hábitos primitivos não devamos nos inspirar neles…

“No Facebook, até o final de outubro, 495 pessoas haviam curtido o Desafio Cócoras. As únicas orientações são relaxar a coluna e distanciar um pouco os pés para que o tronco possa descer o mais baixo possível. Essa é a posição adotada pelos primatas para manipular alimentos e objetos no chão, e que o homem ocidental foi abolindo da rotina. Não são poucos os que não conseguem se acocorar. Para esses, o conselho é levantar e tentar de novo.

Alguns participantes custam a ficar na posição (provavelmente “por falta de dorsiflexão”, explica Santurbano) e calçam os calcanhares com livros, manobra admitida pelo desafio. (…)

O esforço vale a pena: reorganiza e relaxa a coluna, diminui as pressões nos joelhos, organiza os membros inferiores para a corrida, regula o intestino e facilita o parto. “As pessoas pensam que é uma postura de transição, mas é mais que isso. Se você não fica bem de cócoras, não vai caminhar nem correr bem.”

Está lançado o desafio, comecei ontem e quero passar a praticar todos os dias, dentro das várias práticas que integram meu ritual de cuidados diários, vamos experimentar?

7 anos de Espartilho

Posted in Curiosidades with tags , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 14, 2014 by Psiquê

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Neste ano, o Espartilho comemora seu sétimo aniversário e eu não poderia estar mais feliz. Apesar de muita coisa ter mudado ao longo destes anos, ele esteve comigo em todas as fases e o público o acompanhou com as suas mais variadas peculiaridades.

Há seguidores que já não são tão assíduos na net, há novos e recentes leitores que descobriram alguma outra faceta do Espartilho que o atraiu. Os temas variaram, os humores e ideias também, mas o Espartilho segue como uma paixão!

Obrigada por mais um ano em minha vida! Esta é mais uma oportunidade de balanço, renovação e renascimento.

Parabéns a todas nós!

Alma livre

Posted in Comportamento, Literatura with tags , , , , , on novembro 11, 2014 by Psiquê

“A alma livre é rara, mas você as reconhece quando vê – basicamente, porque você se sente bem, muito bem, quando está perto ou com eles” – Charles Bukowski

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A frase de Bukowski é muito significativa para esse encontro de almas. Quando almas livres se identificam, elas se sentem muito bem, ainda mais livres  e dispostas a explorar o universo de possibilidades que o momento e a vida oferecem. Às vezes me pergunto, como e por que nos permitimos certas “prisões”, “vícios”, “medos”, “preocupações”. Reconhecer a existência destas “algemas” e se negar a carregá-las é o primeiro passo para a liberdade. E agradeço todos os dias por esta consciência.

Namastê!

Literatura feminina

Posted in Comportamento, Cultura e Arte, Geral, Literatura with tags , , , , , , , , , , , , , , on novembro 10, 2014 by Psiquê

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Ainda não tive a oportunidade de ler, mas me interessei pela história das obras de Simone Campos, uma carioca que aos 31 anos, é mestre em literatura e tem três romances entre os cinco livros publicados. O primeiro foi aos 17 anos, idade em que, após uma década, deixou de frequentar a Igreja Evangélica. Moradora de Botafogo, divide seu tempo entre a escrita, traduções, games e academia (diz ser “uma combinação estranha de nerd atlética”). Na sexta-feira, comemorava em Porto Alegre a aprovação para o doutorado em literatura comparada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A escritora vai estudar a relação entre seus principais interesses, games e literatura. Isso ao mesmo tempo em que escreve o sexto romance. A parte difícil é viabilizar financeiramente todos os projetos. Sua dúvida era se a aprovação em terceiro lugar para o doutorado garantiria uma bolsa de estudos. “Doutorado com escrever ficção é ok. Se ainda tiver que traduzir para sobreviver, complica.”

Simone Campos é uma escritora de personagens femininas incomuns. Seu quinto livro, A vez de morrer, lançado este ano pela Companhia das Letras, apresenta uma coleção delas. A principal é Izabel, uma jovem carioca bissexual, usuária de recursos modernos como aplicativos de encontros, em processo de mudança para um sítio na região serrana do Rio.

A autora conversou sobre sua mais recente protagonista e outras personagens femininas durante os Encontros Literários promovidos pelo El País na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, que aconteceu nesta semana. Sua percepção é de que ainda faltam, nos livros, mulheres reais e fortes com as quais as leitoras contemporâneas se identifiquem. “Algumas mulheres parecem estar nos livros apenas para ocupar lugar, para fazer tudo por um filho, um marido ou um pretendente”, explicou a integrante da nova geração de escritores brasileiros. “Acredito que existem as mais variadas motivações possíveis para uma personagem feminina, e pretendo explorá-las ao máximo. Há uma carência disso na literatura atual”.

Seus personagens são figuras envolvidas nos dilemas e anseios de seu tempo, dispostas a se relacionar, mas que podem preferir o sexo casual a um relacionamento estável, e não sentem obrigação de ter filhos. Em A vez de morrer , a protagonista é a evangélica Sirlene. Cantora e baixista de uma banda de metal gospel na interiorana Araras, ela acalenta um sonho, mas tem até plano B para o caso de não ver seu desejo principal concretizado. Marta, a mãe de Izabel, é um contraponto à personalidade excêntrica da filha, que se depara com as agruras de ser mulher no ano de 2015, que é quando transcorre a história. “Ser normal, às vezes, pode dar mais pano pra manga, em termos de personagem, do que se você colocar todo mundo muito estrambótico”, pondera a escritora.

As mulheres descritas no livro por Simone se deparam com problemas contemporâneos como estupro e ‘revenge porn’(divulgação virtual de vídeos com cenas de sexo, geralmente feita por homens para se vingar da ex-namorada). Ela reconhece que “andar por aí neste corpo” facilita a tarefa de retratar as experiências femininas no mundo de hoje, mas rechaça a ideia de fazê-lo a partir de um olhar feminista. Tampouco acredita que suas obras devam, obrigatoriamente, abrir espaço para problematizar o machismo. “Pessoalmente, sou feminista, mas não fico dando liçãozinha de moral”, diferencia. “A boa literatura não pode ser moralista. Gosto da liberdade da literatura, de poder falar sobre o que você quiser sem necessariamente ideologizar.”

Fonte: El País –  Mulheres fora da fôrma da normalidade

Quantas dentro de nós?

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 8, 2014 by Psiquê

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Quantas versões de nós mesmas cabem e coabitam dentro de nós? Isso pode parecer, um pouco psicodélico à primeira vista, mas não tem nada disso…

Todas nós sabemos que convivemos com “várias versões” de nós mesmas, todos os dias…

A menina, a mulher, a amante, a erótica, a mãe, a profissional, a filha, a medrosa, a corajosa, a ousada, a sonhadora, a realista… Existem momentos em que uma fala mais alto do que a outra, nos domina mais, direciona nossos pensamentos e atitudes, mas todas estão lá juntas, latentes, pulsando em nossos peitos…. Querendo dar conta de tudo, ser melhor em relação “à outra” .

Tenho aprendido a domar um pouco essa cobrança feminina pelo bom desempenho em todos os lados, buscando priorizar o bem estar, mas confesso que isso é um exercício constante.

Reconheço também que acho incrível e amo saber que todas “essas versões de mim” convivem neste corpinho.

Sou mulher, sou várias, sou uma, sou todas e amo ser assim.

Uma boa noite minhas lindas!

#Lingerie

Posted in Comportamento, Moda with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 5, 2014 by Psiquê

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Hoje um livrinho me foi apresentado e na hora pensei no Espartilho. Trata-se de um livro sobre Lingerie, com foco no Polo de Moda Íntima de Nova Friburgo, hoje transformado no Arranjo Produtivo Local (APL) da região serrada do estado do Rio de Janeiro – Nova Friburgo, responsável por grande parte da produção de lingerie do Brasil e do Estado.

O livro intitulado #lingerie, pode ser lido aqui.

O documento, publicado pelo SENAI Moda Design é bem estruturadinho, com ilustrações fofas e traça um panorama da evolução da lingerie ao longo dos anos 1900 e 2000.

Os anos 1900, início do século XX, o uso de Espartilhos, comuns naquele momento, acabam por sofrer resistência…

1900 – “O mundo moderno da Belle Époque se mantinha vitoriano quando o assunto era o espartilho – corset em francês –, embora a própria rainha Vitória tivesse acabado de morrer. Não que os espartilhos não tivessem opositores. Apertados ao extremo com cordões e estruturados com hastes metálicas e barbatanas de baleia, restringiam enormemente os movimentos das mulheres. Médicos debatiam seus efeitos fisiológicos. O feminismo nascente o denunciava como uma injustiça social. Reformistas do vestuário, como o pintor austríaco Gustav Klimt, criavam vestes largas sem eles. Em 1906, a consagrada estilista francesa Madame Paquin propôs vaporosos vestidos império, com o corte marcado abaixo do busto. Mas foi seu conterrâneo, Paul Poiret, que entrou na história da moda como o responsável pela abolição do espartilho.”

1920 – “Com o fim da guerra, novas atitudes de afirmação social e sedução desnudaram os ombros
e as costas da mulher emancipada, e tornaram o busto achatado e baixo. A cintura marcada desapareceu, em favor de uma postura moderna provocantemente andrógina. (…) Na década em que as mulheres queriam ser modernas, e a modernidade se associava à funcionalidade, Coco Chanel criou roupas com formas geométricas em jérsei, material que até então só era usado como forro ou na fabricação de roupas de baixo. A estilista francesa não só promoveu o tecido a ícone de sua moda, como agregou elegância simples a modelitos confortáveis e fáceis de usar.

Novas transformações:

1930 – “Em contrapartida, a prática de exercícios e a busca pelo lazer ao ar livre viraram uma mania, com repercussões para a exposição das costas, em decotes profundos. Os esportes mais procurados eram a equitação, o ciclismo, o golfe e principalmente o tênis. E por baixo dos trajes esportivos, as calças imitavam bermudas em tecido bem leve. O atributo de sustentação do busto era destacado nas campanhas publicitárias de sutiãs. Mas, além de sustentarem, eles também modelavam, produzindo efeitos mais naturais, e privilegiavam a separação dos seios.”

Estes são alguns trechos do livro, que pode ser lido na íntegra quando quiserem no link acima.

Bjos, meus amores!