Eu adoro cabelos curtos em mulheres, além de superinteressantes e sensuais, eles representam uma postura mais segura e autoconfiante de quem os escolhe. Compartilho da opinião exposta no blog Papo de Homem, mas como sou mulher, procurei um depoimento que reforçasse minha visão do tema.
Antes de Nero incendiar Roma, ele teria ordenado:
“Preservais nossos monumentos sagrados. Não ateais fogo nos templos de Júpiter, Apolo e Marte. Manteis intactas, para serem veneradas pela eternidade, todas as mulheres de cabelo curto”.
Não existe alguém totalmente louco. Nem Nero. Todo mundo que é louco não passa de “meio louco”. Explico: metade do tempo o indivíduo está louco e a outra metade está se aproveitando da sua condição de louco. Mesmo Nero, no ápice da sua sandice, sabia o que devia respeitar. Mulheres de cabelos curtos exigem sobriedade, inclusive dos loucos.
Uma mulher de cabelo curto é o seguinte: ela tem uma informação para te dar; e ela não pergunta se você quer ser informado. Mulher de cabelo curto, simplesmente, informa. O resto que se dane. Mulher de cabelo curto diz o seguinte: eu tenho minha autoestima no lugar e não preciso de nada que venha de você.
A mulher de cabelo comprido precisa de algum artefato histórico para se manter próxima da sua feminilidade. Algo como um tipo de identidade socialmente especial. Parece um advogado que conheci no século passado. Quando era parado por uma blitz de trânsito o cara apresentava a carteirinha da OAB, no lugar da CNH. Mulher de cabelo curto não precisa de atestado protocolado em cartório para ser mulher. Ela não precisa daquela sensação pré-civilizatória de ser puxada pelos cabelos por um hominídeo com tacape na mão.
Toda velha sensata se torna uma mulher de cabelo curto. Toda velha biruta mantém as crinas compridas, enormes, atrasando o processo darwinista de evolução da espécie.
Quanto mais velho melhor. A comparação entre a idade das pessoas e dos vinhos é parcialmente verídica. Como qualquer coisa parcialmente verdadeira também é parcialmente falsa, sugiro que possamos aprimorar a endoxa. Mulheres são como os vinhos. As boas, quanto mais velhas, melhores. As ruins, com o tempo, viram vinagre. Idênticas aos vinhos. Mulher de cabelo curto é bebida fina. É pinot noir 2008. É a diferença entre uísque e scotch! É preciso ter qualidade de puro malte para o processo de maturação se adiantar ao envelhecimento pelo calendário gregoriano. Já viu mulher de cabelo curto preocupada com o calendário gregoriano? Convenções e engendramentos sociais? Bem capaz! A mulher de cabelo curto é um scotch 12 anos com maturação de 18.
Vinhos, scotchs e mulheres de cabelos curtos. Eis aquilo que separa os homens das codornas. A loira gelada, e geralmente cabeluda, é o melhor que um menino pode querer. Um dia, todo mundo se acostuma com o que pode vir a ter na vida. Meninos acham mulheres cabeludas o máximo. São codornas. Não foram apresentadas aos scoths e a uma mulher de cabelo curto. Mulher de cabelo curto não serve para publicitário fazer roteiro de propaganda de cerveja.
A mulher de cabelo curto entra em qualquer lugar como se ela fosse dona. Mulher de cabelo comprido precisa virar o pescoço para olhar com atenção. Mulher de cabelo curto só precisa mover os olhos. Mulher de cabelo comprido precisa ter atenção. Mulher de cabelo curto chama atenção por onde passa.
Não há nada para atrapalhar uma mulher de cabelo curto. Nem loiras geladas. Nem codornas mimadas.
A personalidade da mulher de cabelo curto é como um tipo especial de olho azul: ou nasce com, ou vive uma vida toda admirando no rosto dos outros. Mulher de cabelo curto não escolhe cortar o cabelo. Seria como colocar lentes de contato e pagar o preço do papel ridículo. A nós, homens, resta o esforço de procurar mulheres com personalidade.
E a sorte para encontrar uma mulher de cabelo curto.
Autoria: Everton Maciel é gaúcho e não suporta bairrismo. Só tolera bares que não permitem camisas polo. Nasceu jornalista, mas fez mestrado em Filosofia e mantém um blog próprio.
Outro site que publicou um texto sobre o tema de autoria de Frederico Elboni, foi o Entenda os Homens, o qual não posso negar que também me chamou a atenção. Eis um fragmento:
“Primeiramente assumo esse ser um dos meus maiores fetiches.
As pessoas buscam uma identidade no mundo, algo que as marque como únicas, especiais… Nesse mundo de pessoas uniformizadas pelos padrões midiáticos a simplicidade, autenticidade e principalmente a naturalidade estão cada vez mais valorizadas.
Mulheres de cabelo curto transmitem a maior segurança que conheço nesse universo feminino. Ela não liga para sua opinião, ela é segura de si. É como se fosse um teaser da sua personalidade, mesmo que ela não seja exatamente dessa maneira, é isso que ela vende. E assim remete serem desprendidas de todo arredor de amarras que o mundo nos impõe, essa padronização, essa necessidade de ser gostosa…
É como se a mulher de cabelo curto tivesse um alvará para ser a mulher que ela quiser, quando ela quiser.”