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Há arte feminista no Brasil?

Posted in Cultura e Arte with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on julho 24, 2017 by Psiquê

Compartilho e convido quem puder, visitar a exposição ‘Há arte feminista no Brasil?‘, na próxima quarta-feira, dia 26 de julho, no Ateliê Oriente, localizado na Rua do Russel 300/401 – Glória

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Exposição Soror de Juliana Rocha e Silvana Andrade com curadoria de Simone Rodrigues.

Há Arte Feminista no Brasil?   Trata-se de um bate papo com a artista e pesquisadora Roberta Barros que irá apresentar seu trabalho Dar de Si, buscando traçar relações com a estratégia de auto-exposição da nudez sensualizada do trabalho Art News Revised (1975), da artista feminista nova-iorquina Hannah Wilke, em diálogo também com a obra Eat me: a gula ou a luxúria (1976), de Lygia Pape.

Conhecendo:

Roberta Barros: artista visual, professora, mestre e doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da EBA/UFRJ (2013), e vencedora do Prêmio Gilberto Velho de Teses – edição 2014, com a pesquisa Arte feminista ou feminina: uma questão do contexto histórico brasileiro?. De 2014 a 2017 participou do projeto Arte, Mulher e Sociedade – residência artística em maternidade pública, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti/Rio de Janeiro, desenvolvendo trabalhos de performance que envolvem temáticas como violência obstétrica, violência institucional, violência contra a mulher. Em fevereiro de 2016, publicou o livro Elogio ao toque: ou como falar de arte feminista à brasileira. No mesmo ano, foi responsável pela organização de conteúdo, curadoria e coordenação de produção do evento Diálogos sobre o feminino: contextos brasileiros nas artes (visuais), realizado nos Centros Culturais do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Atualmente é pós-doutoranda do Departamento de Arte (GAT) do Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense (UFF), com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Parece imperdível! Recomendo.

Sororidade

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , on junho 29, 2016 by Psiquê

Em tempos em que as lutas pelos direitos das mulheres estão em alta, tristemente pela gritante violação destes direitos, uma discussão tem sido bastante recorrente: a questão da amizade e da união entre mulheres.

Desde pequenas ouvimos a falácia, e muitas vezes, acreditamos nela, de que as mulheres estão sempre competindo entre si e invejando umas as outras. Por algumas vezes, reforçamos esse discurso reproduzindo atitudes de competição e intolerância para com nossas companheiras de trabalho, de curso, etc. Mas o fato é que na verdade isso tudo é um mito construído para reforçar uma prática que naturalmente não seria assim. Há muita solidariedade e empatia entre as mulheres em suas lutas diárias.

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Compartilho mais um texto bem legal sobre o tema, publicado pela Revista Capitolina:

“Nenhum fator natural e biológico impede as mulheres de serem amigas, se amarem e de criarem laços, mas quando passamos a vida inteira ouvindo e acreditando nisso criamos esse obstáculos nas nossas relações. Desde pequenas, fomos ensinadas que as mulheres não podem ser gentis umas com as outras, que devemos sempre competir e que as mulheres são interesseiras, invejosas e falsas. O que não passa de um monte de mentiras.

Esse discurso da rivalidade feminina é passado para nós como se fosse uma condição intrínseca às mulheres e é algo tão enraizado, que muitas vezes não notamos. Isso não passa de um mito em que somos ensinadas a achar que não temos motivos para nos unirmos e que, mesmo se quisermos, não seria possível, já que, somos mulheres e apenas os homens são capazes de criar laços verdadeiros.

As mulheres, só por nascerem, já têm menos direitos, menos liberdade e mais deveres do que os homens. E pensar que não conseguimos olhar para outra mulher que é desfavorecida socialmente – em menor ou maior grau a depender de outros recortes sociais – e sentir amor, amizade e companheirismo só ajuda a sociedade patriarcal a nos dividir e permanecer. Assim como qualquer pessoa, as mulheres experimentam todos os tipos de sentimentos, sejam eles bons ou ruins, de amor ou ódio. Vamos fazer um exercício: pense em alguém que estaria ao seu lado em um momento difícil de sua vida. Qual a possibilidade de ser uma mãe, uma irmã, uma amiga, uma mulher?

A probabilidade de uma mulher ser a pessoa que vai te apoiar, te entender e estar ao seu lado em um momento difícil é grande e tem relação com um conceito conhecido e bastante falado no mundo web e no movimento feminista , a sororidade.

S.O.R.O.R.I.D.A.D.E

A origem da palavra está no latim sóror (irmã), ou seja, um grupo de irmãs, irmandade. E significa a união e aliança entre mulheres na busca por uma sociedade mais igualitária.

Essa palavra meio difícil, bonita e representativa veio para quebrar uma das ideias mais fortes do patriarcado: a rivalidade entre mulheres. Essa ideia funciona praticamente como um escudo contra o verdadeiro opressor, que nos faz lutar uma contra as outras enquanto ele é que tem que ser destruído. Ela vem trazer a ideia de que juntas somos mais fortes.

A união entre as mulheres é a melhor saída para combater a sociedade patriarcal, o machismo e o sexismo. Quando deixarmos de lado o papel de competidoras e assumirmos o de mulheres que geração após geração sofrem com os mesmos rótulos, com as mesmas imposições e com os mesmos jogos, vamos conseguir finalmente respira melhor, sabendo que não importa o que aconteça, teremos sempre umas às outras.

Enfim, nós precisamos nos amar, nos unir contra esse machismo e essas imposições de padrões. Respeite as escolhas das outras, olhe para as mulheres como suas irmãs de luta e sempre entenda que não deve julgá-las pela seu corpo, orientação sexual e comportamento. A sociedade já nos subestima e subjuga diariamente, não devemos fazer isso umas às outras. E lembrem-se sempre, em um mundo onde somos ensinadas desde pequenas a competir entre nós e nos dedicarmos aos homens, amar outra mulher é um ato revolucionário.”