Arquivo para absorvente

Coletor Menstrual

Posted in Empoderamento, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on abril 28, 2018 by Psiquê

Depois de anos, ponderando sobre comprar ou não coletor menstrual, com vários relatos apaixonados  e outros mais reticentes, resolvi dar uma chance e comprei.

Os comentários negativos que ouvi foram, em geral, de pessoas que não usaram, mas demonstraram resistência ou preconceito. Coisas do tipo: eca, um baldinho! Algo me disse então de que eu devia experimentar para saber o que de fato pensar sobre o uso.

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Esperei pelo meu próximo ciclo menstrual para experimentar e eis que neste semana comecei a usar.

O que posso tirar dos primeiros dias de uso são algumas conclusões:

  1. No início é preciso ter paciência para aprender a colocar e tirar com facilidade – só uma questão de 1 ou 2 dias – e para aprender a higienizar o coletor. [se tiver um banheirinho individual onde possa retirá-lo, se necessário, higienizá-lo e recolocá-lo,  vai ser molezinha]. A vantagem é que você pode esperar até no máximo 12 horas, se não tiver retirar;
  2. É  mais seguro que qualquer outro método, tanto contra vazamentos, quanto alergias e odores;
  3. Não dá cheiro, é mais higiênico, confortável, seguro e o melhor te livra de comprar milhões de absorventes, gerar lixo à beça e poluir o meio ambiente.
  4. É mais muito mais confortável que os absorventes já que, além de não marcar roupas e provocar alergias e assaduras como absorventes externos, não absorve a umidade natural do canal vaginal como o OB, apenas coleta o sangue;
  5. E pasmem, pode ser usado em todas as ocasiões: praia, piscina, esportes, malabarismos… podemos fazer o que quisermos com o coletor, sem medo dos famosos vazamentos. Minha primeira indicação veio de uma professora de yoga, quando perguntei se era seguro, ela disse: eu pratico e dou aulas com ele.
  6.  E a mais importante de todas as conquistas: Auto-conhecimento! Desconhecemos a realidade dos nossos ciclos menstruais e com o uso de coletores, descobrirmos que menstruação/sangue não fede e a segunda descoberta é a de que sabemos muito pouco sobre a quantidade e intensidade do fluxo. É bem menor do que pensamos, acredite. “Entender estes dois fatores é importante para ter uma relação melhor com seu corpo, com seu ciclo, e diria inclusive que tem um papel importante para o empoderamento feminino.”

Conclusão: estou amando a experiência e não entendo como todas as mulheres não o usam.

Dicas:

  • É preciso comprar também uma panelinha de ágata esmaltada para higienizar o coletor – fervendo-o por 5 minutos – antes do primeiro uso e ao final do ciclo.
  • Eu escolhi tirar e colocar preferencialmente no banho e agachando, tem sido mega fácil 😉
  • Alguns tutoriais dizem para lavar e secar, eu achei melhor lavar e deixar molhadinho porque entra bem mais fácil 😉

Se for começar verifique as marcas que tem no mercado. Existem várias [veja abaixo]!

Eu fiquei entre o Inciclo e o Fleutity e acabei optando pelo Inciclo, porque ao receber a indicação da minha ginecologista que o mesmo estava em promoção, li esse texto aqui.  Eu acabei optando pelo que entra mais fácil e pode, no início, parecer difícil de sair, mas basta agachar e fazer uma leve pressão da musculatura da vagina para facilitar a retirada.

Se vc tem mais de 30 anos e teve ou não filhos as marcas indicarão um modelo A (Inciclo) ou 1 (Fleurity). Já se você tem menos de 30 anos e que não tenham tido filhos, a indicação é o tamanho B (Inciclo) ou 2 (Fleurity), verifique os modelos em outras marcas, antes de decidir a compra.

Uma coisa legal é que algumas marcas lançam desafios e dizem que te devolvem o dinheiro se você não gostar ou se adaptar, acho que é na certeza de que vamos amar, porque é muito mais confortável.Estou in love. Experimentem e contem aqui, meninas!

Para saber mais, leia também:

 

Absorventes internos

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on julho 12, 2009 by Psiquê
Klaus Kraiger

Klaus Kraiger

A revista Galileu de julho (nº216) trouxe uma matéria bem interessante sobre os absorventes internos. Chamada o.b. Para a mulher sem amarras, a revista conta a história desse recurso que já existia na Grécia antiga, mas que vem carregado de preconceitos no imaginário feminino.

Os absorventes internos já existiam na Grécia antiga, mas a versão mais moderna, com aplicador completa 80 anos. No Brasil essa novidade surgiu em 1945. O absorvente interno mais conhecido (mas não o único, existem outras marcas como Intimus gel, Tampax, etc), o o.b. foi criado na Alemanha em 1950, sob as iniciais de ohne binden (que quer dizer sem amarras em alemão). Sua criação é creditada a Carl Hahn, médico alemão que se inspirou em um anúncio de jornal. No primeiro ano foram vendidas 10 milhões de unidades.

O o.b. chegou ao Brasil em 1974 e veio cercado de polêmicas, pois havia quem achasse que ao usar poderia perder a virgindade (até hoje há quem pense assim),  isso não é verdade. Sempre consulte seu ginecologista, ele pode orientar quanto à possibilidade de uso e qual a versão é mais adequada para você.

Todos os preconceitos e medos que envolvem o absorvente interno, tão útil e confortável se usado correntamente, podem justificar o pequeno mercado se comparado ao consumo de absorventes externos. Segundo a consultoria AC Nielsen, em 2005, os absorventes externos abocanhavam 78,3% do mercado, seguidos de 19% dos protetores diários de calcinha, contra apenas 2,7% dos absorventes internos.

Em 1980, por conta da Síndrome do Choque Tóxico (SCT) – doença causada por bactéria que tem maior incidência em mulheres que ficam com o tampão por mais de 8 horas – , o Rely (da Proctor & Gamble) foi retirado do mercado, pois o produto era capaz de reter o fluxo sem necessidade de ser trocado.

Entre 1997 e 2003, o produto passou a ser comercializado com aplicador, mas não fez muito sucesso no Brasil, dado que a mulher brasileira compra mais a versão manual. Com isso a versão com aplicador foi descontinuada pela Johnson.

Síndrome do Choque Tóxico (SCT)

O único problema  comprovadamente associado ao uso prolongado de absorventes internos é a síndrome do choque tóxico (SCT), uma doença rara, mas fatal, causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que libera toxinas prejudiciais, principalmente a crianças e mulheres mais jovens que ainda não desenvolveram resistência a ela.

A síndrome foi descoberta nos EUA no início dos anos 80, mas até hoje a medicina não a compreende totalmente.

O que se sabe é que sua incidência é maior (quase metade dos casos) em mulheres que usam absorventes internos, pois eles fornecem um ambiente propício para o desenvolvimento da bactéria, principalmente quando são usados por tempo prolongado. Portanto, é aconselhável que você use os produtos de menor absorção, troque-os a cada oito horas (no Brasil, país tropical, o ideal é trocar de 4 em 4 horas) e, se você estiver fazendo algum tratamento – para um corrimento, por exemplo –, interrompa o uso, porque eles inibem a cura da infecção. (Trecho retirado da revista Consumidor S.A. do IDEC)

Para saber mais leia: na Galileu, na Saúde é Vital

Portais:

o.b.

Tampax

Só entre amigas

Intimus

Previna-se da Candidíase

Posted in Comportamento, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 27, 2008 by Psiquê

janet-layherJanet Layher

Chegando o verão, muito cuidado com os perigos da candidíase. Nos meses de verão, é comum aparecer uma coceira na região genital, o incômodo vem acompanhado de corrimento esbranquiçado que parece leite talhado, ardência ao urinar e durante as relações sexuais.

“A candidíase é causada por um fungo oportunista que aparece principalmente em decorrência da queda da imunidade local. Segundo o ginecologista Cláudio Joaquim Leite Boulhosa (Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo), alguns fatores que levam a essa queda:

  • uso de antibiótico;
  • uso de calças justas e de tecido grosso;
  • uso de calcinhas de nailon (que abafam a região);
  • a própria menstruação;
  • a premanência de longos períodos com biquini ou maiô molhado;
  • contato com areia contaminada;
  • o fungo também pode estar presente no pênis, mas em geral os homens não apresentam sintomas.

Ao primeiro sinal de candidíase a mulher deve procurar logo um ginecologista.

VEJA COMO EVITAR A CONTAMINAÇÃO:

  1. Não use papel higiênico perfumado;
  2. Prefira calcinhas com fundo de algodão, roupas leves e folgadas;
  3. Evite o uso de absorvente interno e mantenha as trocas constantes do tradicional;
  4. Procure dormir sem calcinha para ventilar a região;
  5. Use preservativo desde o início da relação sexual.

Com os cuidados necessários, seu verão não será acompanhado dessa desagradável companhia.

Fonte: Revista Sendas