Arquivo para espaço

Cineclube Delas

Posted in Comportamento, Cultura e Arte with tags , , , , , , , , on janeiro 3, 2017 by Psiquê

Utilidade Pública para nós feministas e amantes de cinema:

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O Cineclube Delas é um espaço feminista para reflexões acerca da figura do feminino no cinema, suas representações e significados, a fim de promover um debate, sob a perspectiva de gênero, sobre como os filmes desdobram questões pertinentes ao lugar das mulheres na sociedade.
Curadoria de Camila Vieira e Samantha Brasil.
Produção: Cavideo.

Imaginação

Posted in Comportamento, Cultura e Arte with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on agosto 14, 2014 by Psiquê

3282540Uma das mais incríveis capacidades humanas é a de imaginar…

Quando vejo a fertilidade da mente das crianças, quantas histórias diferentes elas vivem e contam em fração de segundos, fico encantada…

No outro dia em uma conversa em família, meu irmão me disse: você tinha um amigo imaginário com quem conversava no caminho para a escola e eu acabava fazendo coisas imaginárias também…

…achei aquele relato engraçado, pois eu mesma não lembrava daquilo, mas sempre fui sonhadora, amante dos diários e dos caderninhos de história. A partir de então comecei a pensar no quão mágico seria se nós adultos preservássemos esta capacidade criativa da infância. Claro que existem grandes nomes, pessoas “abençoadas” que conseguem eternizar em obras de artes, textos, canções, histórias que imaginam ou que mantém em seus mundinhos internos.

Uma pena que depois de adultos, tenhamos tantos estímulos racionais e pragmáticos, que dependendo do espaço que deixemos para a criação, que nos levamos a sublimar e abandonar esta verve criativa.

“Imaginar é mais importante que saber, pois o conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abarca o universo.” Albert Einstein

Eu desejo que a imaginação tenha sempre espaço em todas as vidas, para que possamos criar, sonhar, amar, viajar nas ideias.

Tenham uma ótima semana!

Planejar e mudar

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on julho 9, 2012 by Psiquê

Comprei a revista Gloss deste mês e li uma matéria que adorei!!! Não precisa nem falar que é uma daquelas matérias que nos orienta a planejar e pensar nas metas para nossa vida.

Antes de mais nada, a dica número 1: Vizualize a vitória! Apesar de parecer cliché, esta dica funciona muito e teve origem no treinamento de atletas olímpicos. “Pensar no bem-estar que sentirá ao alcançar uma meta aumenta a disposição para, de fato, consegui-la”. Imagine!!!!

Mas é importante ter em mente que, não adianta fazer anotações, listas e cronogramas se não estiver agindo de acordo com seus propósitos de vida. (…) É preciso estar preparada para dar um salto de mudança antes de seguir qualquer passo a passo.

Lá vamos às dicas da matéria:

2.Pare de reclamar – admita que na maioria das vezes, as coisas acontecem em função das escolhas que fizemos. Só quem se sente responsável pela própria vida é capaz de mudá-la…

3. Brainstorming – fale e anote tudo o que vier à cabeça. Você não está decidindo nada, ainda…

4. Julgue suas anotações – analise todas as suas anotações feitas, livremente no item anterior.

5. Fique no controle – mesmo que não compreenda bem como vai alcançar determinado objetivo, provavelmente já sabe qual é o primeiro passo. Faça! Assim se sentirá conduzindo seu projeto para a realização. O resultado de cada ação certamente vai lhe indicar as alternativas que tem para seguir adiante.

6. Localize-se! Não fique apenas sonhando sobre onde quer chegar. Analise minunciosamente o ponto em que está no momento. Por último, pense se está em um caminho entre o lugar em que está e aquele que pretende alcançar, ou se entrou em um desvio.

7. Tome nota – escreva todo pensamento que estiver ocupando sua cabeça – pode ser em um caderno, em folhas soltas, guardanapos, no celular, no computador. Não precisa pensar em soluções imediatamente, simplesmente anote. Quando não anota, esse pensamento fica distraindo você de forma sutil.

8. Aumente o foco – você só vai conseguir realizar seus projetos se conseguir se concentrar neles. Para isso será preciso eliminar o excesso de distrações. Evite fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo.

9. Evite a procrastinação – dê flagrante em si mesmo se estiver procrastinando. Pare de se autoenganar e resolva o que está evitando.

10. Faça escolhas – e descubra escolhas a serem feitas. Em raros momentos enfrentamos situações em que as escolhas são realmente explícitas, por exemplo, aceitar ou não uma proposta de emprego. Descubra as opções que tem e que não são tão evidentes.

11. Organize seu espaço – todo mundo pensa melhor em um ambiente minimamente organizado.

12. Fale sobre seus projetos – informe as pessoas próximas sobre suas decisões – para que elas a incentivem a continuar, ou mesmo decidam colaborar de alguma forma. Mas não dê crédito a todo tipo de sugestão que aparecer. Escute e reflita. Aprensa a filtar os palpites irresponsáveis que ouvir.

13. Defina prioridades – é preciso fazer o que é mais urgente primeiro, mas também se dedicar ao que é muito importante para você. Coloque seu sonho como prioridade, mesmo que tenha muitas urgências. Quem vive de apagar incêndios acaba não fazendo nada de novo acontecer.

14. Não perca tempo – evite ser exageradamente detalhista. Capriche bastante só no que seu esforço realmente vai fazer diferença no resultado final. Ex. ter atenção à correção ortográfica dos e-mails que mandar não é exagero, fazer e refazer mil vezes sua assinatura profissional, sim.

15. Pense GRANDE – tenha objetivos maiores para alcançar em prazos mais longos – três meses ou até um ano. Divida-os em metas menores e defina tempo para cada uma. Mais uma vez, anote o que precisa fazer a cada dia, não só compromissos mas avaliações sobre o resultado de cada ação tomada.

Fazer 30 anos

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on junho 8, 2010 by Psiquê

Como eu já comentei aqui, neste ano completarei 30 anos de idade. Não nego que isso traz para mim alegrias e receios em relação ao que está por vir. Encontrei um texto bem interessante na Internet que fala sobre essa fase.

Fazer 30 anos

Affonso Romano de Sant’Anna

“QUATRO pessoas, num mesmo dia, me dizem que vão fazer 30 anos. E me anunciam isto com uma certa gravidade. Nenhuma está dizendo: vou tomar um sorvete na esquina, ou: vou ali comprar um jornal. Na verdade estão proclamando: vou fazer 30 anos e, por favor, prestem atenção, quero cumplicidade, porque estou no limiar de alguma coisa grave.

Antes dos 30 as coisas são diferentes. Claro que há algumas datas significativas, mas fazer 7, 14, 18 ou 21 é ir numa escalada montanha acima, enquanto fazer 30 anos é chegar no primeiro grande patamar de onde se pode mais agudamente descortinar.

Fazer 40, 50 ou 60 é um outro ritual, uma outra crônica, e um dia eu chego lá. Mas fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural.

Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos.

Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.

Até os 30, me dizia um amigo, a gente vai emitindo promissórias. A partir daí é hora de começar a pagar. Mas também se poderia dizer: até essa idade fez-se o aprendizado básico. Cumpriu-se o longo ciclo escolar, que parecia interminável, já se foi do primário ao doutorado.

A profissão já deve ter sido escolhida. Já se teve a primeira mesa de trabalho, escritório ou negócio. Já se casou a primeira vez, já se teve o primeiro filho. A vida já se inaugurou em fraldas, fotos, festas, viagens, todo tipo de viagens, até das drogas já retornou quem tinha que retornar.

Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente.

Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar. Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.

Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.

Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.

Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema.

Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.

Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó. Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás.

Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar. (13.10.85)

O texto acima foi extraído do livro “A Mulher Madura“, Editora Rocco – Rio de Janeiro, 1986, pág. 36.