Pode parecer contraditório, mas tenho verdadeira paixão pelas tendências da década de 20. As roupas elegantes, sensuais e confortáveis, os chapéus, os sapatos, os cortes curtos e chanel, ai, ai!
Apesar de se chamar Espartilho, o nosso espaço aqui, é voltado para o universo feminino em geral, prezando por seu conforto, bem estar e elegância.
E… como não poderia deixar de ser… o Espartilho quer dar destaque hoje à Coco Chanel, uma mulher que resumiu o espírito de luta que nós mulheres profissionais desejamos e que construiu – sem medo da ralação – uma carreira brilhante e de sucesso, a despeito daqueles que a criticavam por não entender os novos tempos que começavam.
“Eu criei um estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas “estilo Chanel”. Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda.” |
Coco Chanel
|
Na semana passada comprei o filme Coco antes de Chanel, com Audrey Tautou e a mini série da GNT Coco Chanel com Shirley MacLaine. O primeiro dirigido por Anne Fontaine, é muito romântico e um tanto quanto raso, o que culminou no desperdício da história de personagem tão fascinante. “Ela optou por mostrar, na tela, apenas o lado heroico da estilista, ignorando a complexidade da mulher que revolucionou a moda”. Já a mini série é mais completa e além da infância pobre e sofrida e dos amores de Chanel, conta com mais detalhes parte de sua trajetória profissional.
“Coco Chanel não estava apenas à frente de seu tempo. Ela estava à frente de si mesma. Se olharmos para o trabalho de estilistas contemporâneos, veremos que muitas de suas estratégias ecoam o que Chanel já fez. Há 75 anos ela fez uma mistura do vocabulário de roupas femininas e masculinas e criou uma moda que deu ao usuário um sentimento de luxo íntimo, em lugar da ostentação.” Definiu, a jornalista Ingrid Sischy, o trabalho de Coco Chanel para a revista norte-americana “Time”.
Um pouco da sua história:
Gabrielle Bonheur Chanel nasceu numa família pobre. Sua mãe morreu quando ela tinha seis anos, deixando-a com seus irmãos aos cuidados do pai. No período entre 1905 e 1908 adotou o nome de Coco, durante uma breve carreira de cantora de café-concerto.
Envolvendo-se primeiro com um rico militar, Etienne Balsan, e depois com um industrial inglês Arthur Boy Capel, Coco Chanel conseguiu recursos para abrir uma pequena chapelaria, em 1910. Depois abriu mais duas filiais, em Biarritz e em Deauville. Seus dois protetores também a ajudaram a conseguir clientes, homens e mulheres, que passaram a freqüentar sua loja. Suas criações logo caíram no gosto do público e seus negócios se expandiram para o ramo da moda.
Nos anos 1920, Chanel já era uma designer influente. Começou a desenhar roupas confortáveis, com tecidos fluidos, peças emprestadas do guarda-roupa masculino e saias mais curtas, em contraste com a silhueta feminina rígida da época. Em 1922 criou o famoso perfume Chanel n° 5, que alavancou seus negócios e se tornou legendário.
Exilada depois da Segunda Guerra Mundial, em 1954, Chanel voltou a Paris e retomou seus negócios na alta costura.
Sua carreira teve um renascimento nos anos 1950. O cárdigã, o vestido preto, as pérolas tornaram-se marca registrada do estilo Chanel. A marca Chanel acabou tornando-se um grande império, que inclui bolsas, sapatos, jóias, acessórios e perfumes. Em 1971, ano de sua morte, aos 87 anos, Coco Chanel ainda trabalhava ativamente, desenhando uma nova coleção. (Veja mais)
Para saber mais sobre a marca Chanel, clique aqui
Quem mais falou sobre o tema:
Revista Bravo
Feminism Gender
Mademoiselle Chanel
Cor de Cravo
Biografia
Luxury & Lust
Fe Ronconi